'Graças à qualidade eterna do carácter de minha mãe e ao consequente travão que ela pôs à entrada do "progresso" naquela casa, a Pedra Moura guardou para sempre a sua transcedência de lugar mágico. O reino dos contos de fadas e dos autos de Natal, o mundo dos antigos aromas e sabores, o sítio da infância, o refúgio ideal para nascer e para morrer'. Assim terminam as memórias de Mário, um dos protagonistas de Os Pássaros de Seda, um livro sobre a condição humana, que opõe os valores perenes da infância, do maravilhoso e do amor à precariedade das paixões e dos transes da fortuna.
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